domingo, 2 de janeiro de 2011

A esperança e 2011


A palavra esperança significa um sentimento de quem vê como possível aquilo que deseja. Dentro do cristianismo, essa espera confiante está associada à fé, que envolve uma crença plena e à caridade, associada ao amor a si mesmo, ao outro e a Deus, o Grande Espírito. Em nossa tradição ocidental, as comemorações do Ano Novo ocorrem desde 1582, quando o Papa Gregório XIII determinou a data para 1o de janeiro. Independentemente dos relativismos históricos, existe a força do simbolismo neste ritual. Trata-se de um momento de revolução, não naquele sentido político ou mesmo científico de ruptura dos paradigmas, mas de um crescimento existencial quando os sujeitos podem voltar ao ponto de partida e começar tudo de novo, em uma outra perspectiva, mais madura e consolidada. Se os objetivos não foram atingidos, seria importante não culpabilizar os outros e ter a serenidade da autocrítica. Se eles foram atingidos, saber compartilhar esses resultados para que não se fique intoxicado de si mesmo. Durante esse ritual, as pessoas se reencontram e podem entre abraços e votos de fortuna e felicidade, reparar o que precisa ser reparado para que a dívida não cresça. 2011 é o ano da primeira mulher presidenta do Brasil. A imprensa francesa, inglesa, espanhola, norteamericana, entre outras, voltam os olhos para esse fato e para a pergunta fundamental: haverá continuidade do modelo político do ex-presidente Lula? A esperança significa confiar no sucesso em benefício do povo brasileiro, a quem foram dirigidas políticas sociais. No final da ano de 2011, poderá se ter alguma noção de que essa esperança foi gratificada ou não. Talvez a presidenta não tenha o carisma discursivo do ex-presidente Lula, mas nos espaços das articulações políticas e das reuniões técnicas, creio ter a sagacidade e sensibilidade de quem deseja Paz ao Mundo. Este Mundo começa em nossa casa, nosso vizinho e com o nosso povo.

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