sábado, 28 de novembro de 2009

Bárbara:Uma filha de Yansã.

Yansã é uma orixá nagô que detém poderes sobre os raios, a tempestade e o trovão, e historicamente foi a esposa de Xangô, ao mesmo tempo rei dos Yorubás e importante orixá dessa nação. Bárbara é filha de Yansã. Nascida de família do sertão de Pernambuco, veio estudar Engenharia na capital. Ao se graduar com 22 anos de idade, casou-se com outro aluno de Engenharia, nascido de tradicional família da cidade de origem de ambos, para quem devotava uma intensa paixão. Ambos tinham personalidade forte e ao longo do relacionamento, quando o marido se distanciava sexualmente, o fato gerava brigas nas quais ela chegava a arranhá-lo e quebrar objetos dentro de casa. Como ganho secundário, havia um intercurso sexual. Profissionalmente, ela trabalhava numa importante empresa da construção civil e conseguia fazer uma reserva financeira. Não tinha medo de investir na Bolsa de Valores, havendo grandes lucros e grandes perdas, sempre sem perder a audácia. Na vida a dois, Bárbara não pedia que seu esposo usasse uma determinada roupa, não solicitava que ele comprasse algo para casa, não sugeria que fossem a um restaurante específico, simplesmente ela dava ordens. Esse modo era contestado e novas brigas surgiam, terminando sempre em novos intercursos sexuais. Enquanto isso, na empresa chegara um novo engenheiro, vindo do Sul do país, que se impressionara com a beleza e sensualidade de Bárbara. Inicialmente, ela ficou constrangida e aos poucos permitiu conversar, almoçar, passear, em tempo breve, até ter relações com o mesmo. Gostou da experiência e passou a repeti-la, com outros parceiros, esporadicamente. Nesses momentos em que também estava apaixonada por outros homens, se o marido chegasse em casa atrasado, novas discussões surgiam por ela querer saber onde ele estava, com quem estava, o que estava fazendo, enfim, tendo crises intensas de ciúme. O casal se amava do modo mais intenso que um homem e uma mulher poderia se amar.

terça-feira, 10 de novembro de 2009

Jorge: Um filho de Ogum.

Ogum é um orixá da nação nagô que é representado como o Deus da guerra, do fogo e da tecnologia. Jorge tem 43 anos e é filho de Ogum. Trabalha como segurança numa empresa multinacional. Alguns colegas o invejam por conta do prestígio que tem junto às chefias. Especialmente um deles, Jorge não sossegou até ter ficado frente a frente com o mesmo, num espaço fora da empresa, indagando porque esse colega espalhara o boato de que Jorge fora trabalhar levemente bêbado. Era mentira e o colega mentiu ao dizer que não tinha mentido. Jorge não engoliu o sapo e ficou pensando, até que ao sair de moto do estacionamento da empresa, viu a moto do colega e a derrubou com os pés, quebrando parte dela. Chamado pela chefia, Jorge olhava de cima, com uma expressão de arrogância e assumiu o seu erro, mas achava que o canalha do colega tinha merecido. Os chefes quiseram perdoá-lo, desde que assumisse as despesas do conserto. Ele assumiu as despesas e pediu demissão. Os chefes relutaram e ele insistiu. Encontrou-se com seu colega e pagou os custos do conserto. Em casa, soube que receberia uma boa indenização e que tinha carta de referência para outra empresa, com possibilidade de ganhar um salário melhor. Nisso toca o celular, e a secretária de um dos chefes comenta que aquele colega está novamente lhe difamando, dizendo que ele saiu do emprego por causa de um desvio no almoxarifado, que Jorge encobriu. Retornando ao estacionamento, tendo entrado em função das amizades, Jorge novamente se encontra com o colega subindo a moto e desta vez não foi a moto derrubada, mas o próprio colega coberto de tabefes e murros bem dados. Jorge foi preso e solto com fiança. O colega hoje pensa duas vezes antes de falar mal de alguém.